quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Guisado de Gnomo - Às vezes para Realizar um Jogo Divertido, Você Precisa Ignorar o Jogo



“Err... não era para esse jogo ser divertido TAMBÉM?!”
- Jogador Iniciante

Saudações, prezados leitores!

E o Veterano hoje traz para vocês, a tradução de mais um artigo do acervo do blog Gnome Stew, dessa vez abordando uma importante questão que, tanto os Narradores iniciantes quanto os veteranos costumam se esquecer às vezes. Boa leitura!


Às vezes para Realizar um Jogo Divertido, Você Precisa Ignorar o Jogo
Tradução da postagem Sometimes to Run a Fun Game You Need to Ignore the Game, publicada em 07/01/2009 no blog Gnome Stew.

Quando eu joguei meu primeiro RPG de mesa, esta foi uma experiência que eu apreciei imediatamente. Eu e meus amigos mergulhamos em um mundo de imaginação que, ainda hoje, considero inebriante. Passamos o dia inteiro contando uma história coletiva de nossos personagens explorando uma masmorra, e embora o enredo fosse clichê se comparado com as sessões de RPG em que estou envolvido hoje, tal experiência foi muito mais satisfatória do que muitos jogos que tenho participado desde então com grupos mais experientes. Meus amigos e eu tivemos toda a emoção e entusiasmo da juventude para nosso novo hobby, e levei duas décadas para entender porque eu gosto tanto de RPGs.

Infelizmente, eu passei cerca de dezenove desses vinte anos pensando que o que eu apreciava sobre os RPGs de mesa eram os jogos em si. Eu adoro ler um sistema de jogo bem feito, e posso facilmente gastar horas e mais horas determinando como as mecânicas essenciais de um conjunto de regras trabalham. Cenários e suplementos interessantes podem ser fascinantes para um jogador veterano quando bem feitos. No entanto, os jogos em si não são o foco deste hobby e nem devem ser.

Os jogos são o meio através do qual a comunidade de jogos interage. São uma espécie de canal que permite que cada um de nós se conecte a uma atividade social. Como diz o ditado, "Todos os caminhos levam a Roma". Um RPG de mesa deve levar a um encontro de amigos apreciando a experiência de jogar juntos.

O paradoxo é que, ocasionalmente, as regras do jogo são um obstáculo para a diversão do grupo, como quando um jogador interpreta soberbamente uma negociação e, em seguida, falha na rolagem de dados para uma verificação de perícia. Se o seu grupo quer ver a interpretação do jogador recompensada, então renuncie às regras e ignore a rolagem de dados completamente. Vá direto para a recompensa e passe para as partes do jogo onde as regras enfatizem a diversão.

Como um Narrador, mantenha isso em mente em cada sessão que escolher narrar. Suas sessões serão mais agradáveis ​​se sua prioridade for à diversão do grupo e não o jogo. Um sistema de jogo grandioso que ninguém gosta de jogar deve ser abandonado por um sistema de jogo “ruim” que o seu grupo passaria horas se satisfazendo. Há muitos grupos de jogo por aí que jogam sistemas mal projetados, ignoram regras que não gostam, e tem uma experiência maravilhosa porque eles jogam o estilo de jogo que melhor se adequa ao grupo. Este hobby é subjetivo, e nenhum livro de regras pode prepará-lo para isso.

Você deve elaborar cada decisão de jogo perguntando-se "O que seria melhor para este grupo?" antes de perguntar "O que as regras dizem?". Às vezes, você pode encontrar a resposta à primeira pergunta em "Ignore o jogo. Atenda aos jogadores".

Essa é a minha opinião sobre o assunto. Qual é a sua? Deixe seus comentários para que outros possam ler e compartilhar suas próprias experiências comigo e com outros membros da comunidade. E não importa o que aconteça, não se esqueça que o Narrador é um jogador também! Divirta-se com ele!

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